Translate

RELÓGIO, HORÁRIO NO BRASIL.





RESPEITEM AS CRIANÇAS!

RESPEITEM AS CRIANÇAS!
CRIANÇA NÃO É LIXO.




CONHEÇA AS MEMÓRIAS DO MUNICÍPIO SANTO ANTÔNIO DE JESUS!

Clique no segundo link à direita do monitor, na lista de blogs!

FUNDAÇÃO DO CLUBE DE XADREZ SANTO ANTÔNIO DE JESUS, BAHIA, BRASIL:

06.04.2002.

Seja bem-vindo! Sua visita é de número:

NÚMERO DE FOTOGRAFIAS E IMAGENS: 535.

O CXSAJBA AGRADECE AOS COLABORADORES, PELAS 536 FOTOGRAFIAS E IMAGENS, DE SUAS REFERÊNCIAS.
PROFESSOR FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

OBJETIVO DESTE BLOG:

NESTE BLOG TEM O PROPÓSITO DE RESGATAR VALORES HUMANOS, ATRAVÉS DE HOMENAGENS E LEVAR CIDADANIA, POIS CIDADANIA É COMPOSTA DO TRIPÉ: A) CONHECER AS LEIS; B) CUMPRIR OS DEVERES; C) REVINDICAR OS DIREITOS. PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

sábado, 18 de agosto de 2012

530ª HOMENAGEM: HOME CARE E SEUS FUNCIONÁRIOS.

A HOME CARE E SEUS FUNCIONÁRIOS DESEMPENHAM PAPÉIS EXTREMAMENTE IMPORTANTES À SOCIEDADE. TAIS COMO:

1. HUMANIZA AS TERAPIAS, TENDO OS PACIENTES PRÓXIMOS DOS FAMILIARES E AMIGOS;

2. DESAFOGA OS HOSPITAIS; AS CLÍNICAS E OS POSTOS MÉDICOS;

3. REDUZ O ÍNDICE DE INFECÇÕES HOSPITALARES;

4. PROPORCIONA ACONCHEGO DO LAR AOS PACIENTES.

PARABÉNS !

PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

---------------------------------------------------------------------------

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.portalhomecare.com.br

--------------------------------------------------------------------------



O que significa o termo Home Care
O termo Home Care é de origem inglesa. A palavra "Home" significa "lar", e a palavra "Care" traduz-se por "cuidados". Portanto, a expressão Home Care designa literalmente: cuidados no lar.

No Brasil, o termo Home Care foi adotado e muitas vezes, erroneamente utilizado como sinônimo de inúmeros serviços oferecidos por uma empresa de Home Care,tais como: internamento domiciliar de saúde, atendimento domiciliar de saúde, assistência domiciliar de saúde, "case" e outros usos que podem causar confusão entre os usuários desta modalidade, por não terem certeza de qual terminologia que realmente descreve os serviços que estão usufruindo ou contratando. Home Care é uma denominação para a empresa que oferece todos os serviços acima citados e muitos outros.
Outro erro comum e que nos leva a ouvir críticas que o Home Care não funciona por ser sinônimo de assistencialismo, ou que um determinado paciente não está qualificado para os serviços de Home Care, quando na verdade, o que se quer realmente dizer, é que a fonte pagadora não dá cobertura para um serviço ou produto específico oferecido pela empresa de Home Care, por não ter este tipo de benefício previsto em contrato com o usuário.
Neste Portal, o usuário encontrará um glossário de termos melhores adaptados à prática desta modalidade no Brasil e verá que a utilização desse novo vocabulário, por ser mais apropriado, poderá se firmar e ser a terminologia de escolha das fontes pagadoras, cuidadores formais e informais.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


O que significa o termo Home Care
O termo Home Care é de origem inglesa. A palavra "Home" significa "lar", e a palavra "Care" traduz-se por "cuidados". Portanto, a expressão Home Care designa literalmente: cuidados no lar.

No Brasil, o termo Home Care foi adotado e muitas vezes, erroneamente utilizado como sinônimo de inúmeros serviços oferecidos por uma empresa de Home Care,tais como: internamento domiciliar de saúde, atendimento domiciliar de saúde, assistência domiciliar de saúde, "case" e outros usos que podem causar confusão entre os usuários desta modalidade, por não terem certeza de qual terminologia que realmente descreve os serviços que estão usufruindo ou contratando. Home Care é uma denominação para a empresa que oferece todos os serviços acima citados e muitos outros.
Outro erro comum e que nos leva a ouvir críticas que o Home Care não funciona por ser sinônimo de assistencialismo, ou que um determinado paciente não está qualificado para os serviços de Home Care, quando na verdade, o que se quer realmente dizer, é que a fonte pagadora não dá cobertura para um serviço ou produto específico oferecido pela empresa de Home Care, por não ter este tipo de benefício previsto em contrato com o usuário.
Neste Portal, o usuário encontrará um glossário de termos melhores adaptados à prática desta modalidade no Brasil e verá que a utilização desse novo vocabulário, por ser mais apropriado, poderá se firmar e ser a terminologia de escolha das fontes pagadoras, cuidadores formais e informais.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


O que Não é Home Care:
1.       Um profissional de saúde autônomo que atende por conta própria em domicílio, não é uma empresa de home care. Portanto, se você é um Auxiliar de Enfermagem, Técnico de Enfermagem, Enfermeiro, Médico, Dentista, Psicólogo, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, ou qualquer outro profissional na área de saúde e atende seu paciente em casa, sem ter vinculo contratual com uma legítima empresa de home care, você não pratica a modalidade de home care; você atende em casa.
2.       Uma empresa que oferece apenas os serviços de enfermagem ou qualquer outra profissão na área de saúde a domicílio, não é uma empresa de home care, pois, para ser uma empresa de home care, uma empresa deve adimplir às resoluções aplicáveis, e inevitavelmente, terá que ter a estrutura exigida, e uma equipe multidisciplinar que pratique de acordo com os protocolos operacionais de uma empresa de home care de forma a atender seus pacientes/clientes. Portanto, se você é proprietária de uma empresa a qual não possui estas características de acordo com as RDCs aplicáveis; você não possui uma empresa de home care.
3.       Uma cooperativa de enfermagem, medicina, fisioterapia ou qualquer outra profissão, não é uma empresa de home care, a não ser que siga a ANVISA RDC 11 de 26 de janeiro de 2006, concomitantemente com as RDCs do COREN, CREFITO, CFF, CRM. Portanto, se você faz parte de uma Cooperativa Profissional ou de serviço, você não é uma empresa de home care, embora, possa, dentro de seus protocolos, enviarem profissionais, equipamentos e serviços ao domicílio.
4.        Um setor específico dentro de um plano de saúde, que terceiriza os serviços de atendimento domiciliário à saúde não pratica o home care. Portanto, se você representa um plano de saúde que, de seu escritório, contrata autônomos para prestar serviços, que aluga equipamentos e envia ao paciente, que compra medicamentos, dieta, e materiais médicos e os envia aos pacientes, seu setor não pratica o home care, e não pode ser considerado home care, a não ser que estja dentro de todas as normas que regem o home care no Brasil; ANVISA RDC 11 de 26 de janeiro de 2006, concomitantemente com as RDCs do COREN, CREFITO, CFF, CRM!
5.       Uma empresa de remoção. Se sua empresa tem alvará e licença sanitária para efetuar remoções e atendimentos emergenciais de pacientes em seus domicílios,  não é uma empresa de home care. Embora, uma empresa de home care possa incorporar os serviços de remoção próprios. Portanto, instalar um tratamento em domicílio, sem os protocolos específicos utilizados em home care, não constitui uma empresa do setor.
6.       Um consultório veterinário que atende em casa não é home care.
7.       Um atendente de enfermagem que atende em casa não é home care.
8.       Um cuidador de idosos não pratica home care.
9.       Uma empresa que vende ou aluga equipamentos médicos para o setor de home care, não é uma empresa no setor de home care, pois, não possui uma equipe multidisciplinar de atendimento em saúde no domicílio.
10.   Uma empresa de RH que fornece mão de obra na área de saúde, não é uma empresa de home care.
11.   PSF não é home care, embora atenda em domicílio, e utiliza-se de muitos protocolos que se assemelham ao home care.
Concluindo, para uma empresa qualificar para ser denominada como uma empresa de home care, ela deverá seguir a risca todas as determinações das resoluções específicas já existentes. Não se pode estruturar uma empresa de home care que trabalhe somente com enfermagem, ou somente com fisioterapia, etc.! Embora, as empresas prestadoras de serviços uni – disciplinares ( somente enfermagem, fisioterapia, etc.) não deixem de ser empresas importantes no ramo da saúde, e uma tendência em desenvolvimento. A distinção deve ser feita, pois, existem diferenças fundamentais no protocolo e filosofia de atendimento.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.
Autor e Mantenedor do Portal Home Care

HISTÓRIA DA HOME CARE (DE 1975 A 1912).

1796 - O Home Care organizado foi praticado pela primeira vez na região de "Boston Dispensary", nos EUA. Essa organização de Home Care prestava serviços aos pobres e enfermos, dando-lhes a dignidade de serem tratados em seus lares ao invés de hospitalizá-los. Naquela época, os hospitais ainda eram considerados como casas infestadas pela peste, aonde os cidadãos pobres e enfermos eram enviados para morrer.
1808- A primeira escola de ensino superior do Brasil foi inaugurada no dia 18 de fevereiro de 1808, oito dias antes da partida da família real para o Rio de Janeiro. Ela foi instalada no Hospital Real Militar, que ocupava as dependências do Colégio dos Jesuítas, no Largo do Terreno de Jesus. "Os primeiros professores da faculdade foram médicos militares. Só depois vieram os médicos civis", diz o médico Lamartine Lima, professor honorário da Faculdade de Medicina da Bahia, que hoje pertence à UFBA (Universidade Federal da Bahia). colaborador: Dr. João Ferreira de Castilho sex, data 11/7/08.
1832 - Fundada a Faculdade de Medicina no Brasil denominada Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
1848 - O Hospital St Catherines Royal foi a mais antiga organização a prover serviços em Home Care na Inglaterra.
1873 - A primeira escola de enfermagem foi criada nos EUA.
1877 - A Divisão Feminina de Mulheres da Missão Religiosa, da cidade de Nova Iorque, foi o primeiro estabelecimento nos EUA a empregar uma Enfermeira Graduada, para prestar cuidados de Enfermagem aos doentes em suas residências.
1885 - Fundada a primeira agência de voluntários, especificamente para prover serviços de Home Care,organizou-se em Buffalo, Nova Iorque.
1886 - Outras instituições voluntárias também abriram suas portas em Boston e Filadélfia; gradualmente essas instituições multiplicaram-se em milhares de prestadores de serviços de Home Care nos EUA.
1887 - No ano do jubileu da Rainha Victória, parte do dinheiro arrecadado para seu presente foi doado para o Instituto Jubileu de Enfermagem Rainha vitória, Victoria Jubilee Institute for Nurses, na Inglaterra.
1890- A primeira Escola de Enfermagem Alfredo Pinto foi fundada no Brasil.
1900-1905 - A Enfermeira Visitante chamou a atenção dos reformistas no início do século XX, os quais estavam preocupados com a idéia de que a imigração, industrialização e as doenças infecto-contagiosas que acometiam as pessoas pobres estavam destruindo a vida nas cidades. Muitos deles consideravam a enfermeira visitante uma solução para aquelas ameaças urbanas. A visita breve das enfermeiras no local de residência dos cidadãos pobres, visava os cuidados do enfermo, ensinando a família como cuidar do caso e como evitar o alastramento da enfermidade. Até 1905, quatrocentos e cinqüenta e cinco enfermeiras visitantes estavam empregadas em aproximadamente 171 associações. Durante este período, muitas enfermeiras, treinadas ou não, trabalhavam como autônomas ou como enfermeiras particulares, dentro das residências de seus pacientes. Diferente da enfermeira visitante, que fazia visitas rápidas à muitos pacientes, essas enfermeiras autônomas permaneciam nas residências de seus pacientes durante todo o período de convalescência. Elas faziam turnos de 24 horas por dia, de forma contínua, muitas vezes por semanas, como empregadas da classe média e dos mais influentes. Como no caso de suas colegas, as enfermeiras visitantes, incluíam entre seus pacientes casos agudos, crônicos e os casos de doenças mentais. Elas também cuidavam das suas pacientes durante as fases de pré e pós-parto.
1909 – Community Health Nurses” proviam serviços em Home Care como parte da Association Charities of Wilmington, Delaware (Associação de Caridade de Wilmington, Delaware).
1909 - Até esta data, 1413 enfermeiras visitantes estavam trabalhando vinculadas a 566 associações. No entanto, o patrocínio do sistema de cuidados domiciliares mudou com o crescimento do investimento público nos departamentos de saúde e educação. A ênfase mudou para o serviço de saúde pública. Enfermeiras treinadas foram enviadas às escolas e residências das pesoas pobres, para ensinar-lhes um estilo de vida mais saudável. O papel da Enfermeira Comunitária era o de ensinar os conceitos de doença, higiene pessoal, responsabilidade individual pela própria saúde e métodos de tratamento mais recentes, descobertos pelos avanços na área de ciência, medicina e saúde pública. Durante esse período, Lillian Wald, considerada a Mãe da Enfermagem e Saúde Comunitária, pediu ao Plano de Saúde "Metropolitan Life Insurance Company", que empregasse enfermeiras visitantes para cuidar de seus usuários durante os períodos de enfermidade. Por uma modesta taxa por usuário, ela acreditava que o Plano de Saúde poderia reduzir o número de benefícios pagos por morte, provendo serviços domiciliares de enfermagem para mais membros da classe operária, sem custos adicionais. O "Metropolitan" aceitou testar a proposta.
1911 - O Plano de Saúde "Metropolitan Life" decidiu oferecer os serviços de Enfermeira Visitante, contratando-as por terceirização, para cuidar de seus usuários. Nos casos onde a terceirização não era possível, o Plano de Saúde contratava suas próprias Enfermeiras.
1912 - A Cruz Vermelha Americana estabelece um serviço de Enfermeira Visitante Rural para atender ao cidadão pobre das zonas rurais em todo território nacional. Logo após a I Guerra Mundial, a Cruz Vermelha Americana iniciou um trabalho intensivo para ajudar suas filiais a iniciar serviços de Enfermeiras Visitantes em suas comunidades. A resposta foi tão boa que a Cruz Vermelha Americana não conseguiu suprir a demanda de suas filiais para serviços de Enfermeira Visitante.

A HISTÓRIA DA HOME CARE (DE 1913 A 1946).

1914-1920 - Uma média de 68 programas de Enfermeiras Visitantes da Cruz Vermelha foram abertos mensalmente durante esse período. No seu auge, a Cruz Vermelha Americana havia desenvolvido cerca de 2100 novos serviços pelos EUA. O Plano de Saúde "Metropolitan Life" tornou os serviços de enfermeira visitante disponíveis para 90% dos seus 10,5 milhões de credenciados, residentes em 2000 cidades nos EUA e Canadá, tornando-se assim, o primeiro Plano de Saúde, no mercado americano a adotar o sistema de pagamento por cuidados administrados por uma empresa de Home Care.
1922 - (The Visiting Nurse Association (VNA) of Wilmington), A Associação das Enfermeiras Visitantes de Wilmington, foi formada quando Edith S. Danforth, Mary Wright and Josephine Richey assinaram os primeiros papéis da Corporação. O primeiro relatório anual anunciou que o grupo de 12 enfermeiras da Saúde Pública fizeram 22,117 visitas domiciliares.
1922 - No Brasil, a enfermagem tornou-se profissão quando foi fundada a Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública. A Escola de Enfermeiras tinha o mesmo padrão da Escola Florence Nightingale, na Inglaterra. A primeira turma tinha apenas catorze alunas e o diretor da escola era o sanitarista Carlos Chagas. Em 1926, a escola passou a se chamar Escola Ana Nery.
1923 - VNA nos EUA assinam o primeiro contrato com a primeira companhia de seguros para receber reembolso pelos serviços prestados em domicílio.
1924 - Os trabalhos das enfermeiras visitantes já eram patrocinados por 3183 agências voluntárias públicas locais.
1925-1929 - Os cuidados médicos baseados em domicílio, começaram a declinar nos EUA. A taxa de mortalidade urbana começou a diminuir drasticamente e as doenças infecto-contagiosas começaram a ser substituídas por doenças crônicas, degenerativas, como as principais causas de mortalidade. Cuidados baseados em hospital começaram a ser mais procurados pelos pacientes, clínicos, cirurgiões e obstetras de todos os níveis econômicos. Enfermeiras particulares acompanhavam seus pacientes no ambiente hospitalar. Embora ainda existisse a opção do Home Care, progressivamente, seus serviços se tornaram marginais ao tratamento hospitalar, que veio a dominar o sistema de saúde norte-americano da época.
1929 - O território da  VNA's é expandido incluindo clientes restritos ao leito em Hockessin, Yorklyn e  "norte" em direção para Silverside Road.
1930-1954 - O aumento progressivo da centralização de pacientes em hospitais, resultou em um número mais escasso de pacientes enfermos em suas residências ou que necessitasse de cuidados profissionais de uma enfermeira visitante. Muitas líderes enfermeiras lutaram para a permanência de serviços de Enfermagem Comunitária, porém, com a ausência de influência política, os serviços declinaram. Em 1952, o Plano de Saúde "Metropolitan Life" cancelou o seu programa de Enfermeiras Visitantes, devido ao fato de que as visitas aos seus usuários diminuíram e o custo desse tipo de serviço aumentou concomitantemente. O programa de Enfermeira Visitante da Cruz Vermelha Americana também encerrou seus trabalhos nesse período.
1931 - O grupo das 22 enfermeiras da VNA fizeram 45,853 visitas neste ano.
1932 - Durante "A Grande Depressão," as companhias de seguro de saúde Americanas colocam limites nas visitas feitas pelas enfermeiras da VNA.
1939 - Após a Depressão, o programa de Enfermagem foi restabelecido através da filiação da VNA com a University of Pennsylvania Hospital (Universidade do Hospital da Pensilvânia).
1941 - Médicos participam ativamente na ajuda na II Guerra Mundial nos EUA, as VNA de Wilmington aumentam o “staff” para controlar o aumento das visitas domiciliares.
1945 - Os médicos e enfermeiras voltam da guerra, VNA corta seu “staff” 50%, diminui para 10 enfermeiras.
1946 - As 40 horas de trabalho semanal foi adotada nos EUA e a VNA aumenta seu staff para 16 enfermeiras.  Com uma média de 9 visitas de enfermagem por dia.
1946 – O Conselho Nacional da mulher da Austrália o qual era composto por várias organizações femininas iniciaram e apoiaram o Serviço de Enfermagem Domiciliar, Domiciliary Nursing Service the A.C.T. in 1946.

A HISTÓRIA DE HOME CARE (DE 1947 A 201O).

1947 - VNA celebra 25 anos de empresa, e apresenta um novo serviço; o de ortopedia, contratando o primeiro fisioterapeuta para o atendimento domiciliar. 1950 - A média de custo por visita de enfermagem era de $2 (dois dólares). 1952 – A VNA assina o primeiro contrato com o novo Departamento Publico de Previdência Social dos EUA e concorda de prover serviços para pacientes elegíveis para Home Care por $2 por visita. 1956 – O Hospital Delaware é o primeiro hospital dos EUA a contratar a VNA para os serviços de Home Care. 1960 21 enfermeiras da VNA fazem 30,350 visitas neste ano. E o custo por visita sobe para $4 (quatro dólares). 1961- A empresa Tender Loving Care foi fundada nos EUA. 1955-1964 - O renascimento dos serviços de Home Care nos EUA iniciou-se gradualmente, movido pelo questionamento sobre onde os pacientes deveriam receber seus cuidados médicos, considerando que o tratamento baseado no hospital havia se tornado muito caro para os Planos de Saúde. Paralelamente com a progressão no custo da hospitalização, um aumento na taxa de patologias crônicas e uma população rapidamente atingindo a terceira idade, o Home Care reassumiu seu papel como uma modalidade de menor custo e adequada ao fornecimento de serviços de saúde. Durante este período, o Home Care se desenvolveu com três tipos de bases: Home Care baseado no hospital, Home Care baseado na comunidade e terceiro; serviços de apoio ao lar. Geralmente sob a responsabilidade dos serviços sociais de apoio à família. Os recursos financeiros alocados para esses serviços eram de origens variadas, dependendo de doações do setor privado, fundos providos pela UNICEF, Departamento de Saúde e pagamentos por serviços particulares. Muito antes da criação do Medicare (Sistema de Saúde Pública, nos EUA), o crescimento no número usuários enfermos crônicos e debilitados elevou também a procura por serviços na área de Home Care. 1965 - A legislação do Plano de Saúde Medicare nos EUA, prevê benefícios relacionados com o Home Care aos seus usuários, principalmente cuidados especializados de enfermagem e terapias de natureza curativa ou de reabilitação para os cidadãos da terceira idade. No princípio, o credenciamento era reservado apenas às instituições sem fins lucrativos e departamentos de saúde. Inicialmente, cerca de mil duzentas e setenta e cinco organizações foram credenciadas pelo Medicare. Os serviços foram expandidos para oferecer terapeutas, auxiliares de enfermagem e pessoas que auxiliavam nos serviços diários do lar. Assistentes sociais e nutricionistas começaram a fazer parte da equipe de Home Care, como um serviço coberto pelos benefícios do Medicare. Medicaid, um serviço de assistência médica para os de baixa renda, também foi estabelecido pelo governo americano, com cobertura não-obrigatória para os mesmos serviços de Home Care, incluindo enfermagem e auxiliar de enfermagem, Home Care, suplementos e equipamentos médicos. A lei do idoso nos EUA tem um programa desenhado para prestar assistência e manter os americanos da terceira idade em seus lares e comunidades, evitando-se a hospitalização desnecessária e de alto custo para o governo. 1966 - A legislação sobre o Medicare passa no congresso americano, e a VNA foi certificada como a provedora em Home Care para o Medicare em Delaware. O Departamento Público da Previdência Social aprova a VNA como provedora de Home Care do Medicaid também. A VNA faz um acordo com o Departamento Público para treinar atendentes em Home Care. 1966 - A "Medical Personnel Pool" (percussora da Interim Health Care) foi criada nos Estados Unidos. 1967 - O número de agências de Home Care credenciadas pelo Medicare atingiu um mil setecentos e cinqüenta e três unidades. Os investimentos com os serviços de Home Care representavam menos de 1% do orçamento total do Medicare. 1968 - A seguradora Blue Cross/Blue Shield de Delaware aprova os cuidados em home health aide, de atendentes,para cada usuário. 1968 - Nesta época, no Brasil, o serviço ficou restrito à vigilância epidemiológica e materno-infantil. Também, o Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo iniciou atividades de visitação em domicílio. 1970-1979 - O Home Care, nos EUA, começou a ser visto pelos planejadores e gestores de Planos de Saúde como uma ferramenta para a redução de custos e uma alternativa ao internamento hospitalar. Em 1973, a Medicare ampliou os benefícios relacionados ao Home Care, cobrindo também alguns casos especiais envolvendo os jovens com deficiência física. Uma série de investigações congressionais revelou as condições precárias e abusivas em muitas casas de repouso; institucionalização inapropriada de seus usuários; e um sentimento fortíssimo de internos (30% a 50%, de acordo com os estudos) de que eles não desejavam permanecer nessas instituições. Muitas demonstrações públicas ocorreram, e projetos de apoio ao Home Care foram lançados. Estudos de satisfação de seus usuários demonstraram uma tremenda satisfação pela modalidade do Home Care. 1980-1985 - Em 1980, nos EUA, o número de agências credenciadas pelo Plano de Saúde Medicare quase dobrou, em relação a 1967, atingindo cerca de duas mil novecentos e vinte e quatro unidades. Um ano depois, agências particulares foram admitidas no Medicare. Em 1982, a Associação Nacional para o Home Care (NAHC) foi fundada para defender os interesses de suas agencias filiadas perante o Congresso, agências reguladoras, fóruns e da mídia. A missão da associação, que ainda existe hoje nos EUA, era a de promover um serviço de qualidade para os pacientes e do programa de cuidados paliativos em Home Care; preservar os direitos dos cuidadores informais; representar eficientemente todos os proprietários de empresas de Home Care e posicionar o Home Care no centro do sistema de prestação de serviços médicos de saúde. Logo após a sua inauguração, a NAHC contratou o primeiro estudo detalhado do mercado, que incluiu uma pesquisa de opinião a respeito do Home Care. Após ter computado que apenas 18% dos americanos sabiam o que vinha a ser o Home Care, a associação lançou uma campanha nacional para aumentar o conhecimento da população. Uma pesquisa posterior, em 1985, indicou que a conscientização do público a respeito do Home Care havia aumentado para 38%. Conforme os dias de internamento hospitalar encurtaram, o percentual de pacientes usuários do Medicare foi sendo transferido para a modalidade de Home Care, que aumentou de 9,1% em 1981, para 17,9% em 1985. Adicionalmente, os governos nacionais, estaduais e municipais investiram um total de US$ 4,5 bilhões em Home Care, enquanto que duas a quatro vezes mais foram gastos pelas famílias na aquisição de serviços particulares nessa mesma modalidade, em 1985. 1986-1989 - O número de agências de Home Care, credenciadas pelo Medicare, atingiu seu teto em cerca de cinco mil e novecentas organizações, por conta do aumento indiscriminado da burocracia e de um sistema não confiável de pagamento dos prestadores. O Medicare adotou documentação, tabelas referenciais e regras de qualificação, que criaram uma incerteza muito grande quanto à qualificação de pacientes e autorização de serviços. O resultado foram efeitos nos quais, muitas faturas de serviços eram encaminhadas ao sistema, deixando seus usuários sem cobertura de serviços. O setor de Home Care, juntamente com o restante dos setores em saúde, passou por uma grande carência de pessoal treinado. Em 1987, de acordo com o "National Medical Expenditures Survey (NMES)", o gasto com Home Care totalizou US$ 52 bilhões. Um número estimado de 5,9 milhões de indivíduos, ou 2,5% da população dos EUA naquele período recebiam formalmente os serviços de Home Care. Desses assegurados, quase a metade ultrapassava 65 anos, e a quantia de serviços de Home Care que usufruíam tendia a aumentar com a idade. Em resposta à crise causada pelas recusas de cobertura de benefícios pelo Medicare, o Congresso Americano, em 1987, formou uma comissão de parlamentares, liderada pelos representantes Harley Staggers e Claude Pepper, além de grupos de proteção ao consumidor e a NAHC, abriram uma ação judicial conjunta contra o órgão administrativo do sistema de financiamento de saúde nos EUA. A conclusão vitoriosa desta ação, em 1989, resultou na revisão e retificação das políticas e normas utilizadas pelo Medicare. Essa definição das políticas e procedimentos de qualificação e pagamento de serviços permitiu que o programa de Home Care, pela primeira vez, provesse aos usuários do Medicare, o nível de cuidados que o Congresso havia originalmente idealizado. 1985 - Marca o centenário dos serviços de Home Care na Austrália , historicamente um componente vital do sistema de saúde na Austrália. 1986 - Fundada no Brasil, a Geriatric's Home Care no Rio de Janeiro. A primeira agência de Home Care no Brasil, começou atuando com exclusividade para o Plano de Saúde Amil, dirigida pelo Dr. Ricardo Rodrigues. 1990 - Aprovada a Lei número 8.080 de 19 de setembro,que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras providencias, regulamentando a assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde do Brasil. 1994 – ADS Home Care é fundada em São Paulo. 1992 - "Medical Personnel Pool" muda seu nome para Interim. 1992 - Fundada a empresa Pronep no Rio de Janeiro. 1992 - Fundada a empresa Dal Ben em São Paulo. 1994 - Empresa de Home Care Saúde Lar foi fundada, na Grande Porto Alegre. 1994 - Home Doctor foi fundada em São Paulo. 1994 - Home Istead, maior franqueadora de Home Care do mundo, se instala em Portugal, primeiro país europeu a receber a franqueadora. 1995-A COOPENFINT surgiu através da visão de enfermeiros que atuavam nos Prontos Socorros da Secretária de Estado da Saúde do Amazonas e vivenciavam o elevado índice de mortalidade em pacientes que poderiam ter uma sobrevida se o estado investisse em equipamentos e pessoal qualificado. Nesta época, em 1995, 23 ( vinte e três) enfermeiros fundaram a COOPENFINT, e em parceria com a Universidade de Campinas-UNICAMP, especializaram-se em Terapia Intensiva (a Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas na época não disponibilizava Pós Graduação Latu Sensu para o referido curso). 1995 - Fundada a Associação das Empresas de Medicina Domiciliar-ABEMID. 1990-1997 - Cuidar do enfermo em casa, mais uma vez, assumia um lugar de destaque no sistema de fornecimento de serviços de saúde. Com uma expansão dos serviços e aumento da tecnologia disponível pelas empresas de Home Care, nos EUA, cada vez mais, pessoas que há um tempo atrás, estariam confinadas num hospital ou em outra instituição, a partir de então poderiam permanecer na comodidade e segurança de seus lares. Os serviços abrangiam desde enfermagem particular, por meio de enfermeiros, auxiliares de enfermagem, até terapias ocupacionais, respiratórias, fonoaudiologia, assistência social, nutricionista, serviços de laboratório, odontologia, oftalmologia, farmácia, exames de raios-X, equipamentos médicos de ponta, transporte e suprimentos. Os serviços eram pagos diretamente pelo paciente e/ou seu familiar, de forma particular ou por intermédio de outras fontes pagadoras formais como, Planos de Saúde e Fundações. Em 1992, a NAHC efetuou um estudo por intermédio da empresa "Lou Harris and Associates", que revelou que 89% dos americanos sabiam o que o Home Care era e apoiavam sua utilização dentro dos programas de saúde pública e privada. Durante esse período, mais de um terço dos gastos do Medicare já eram direcionados aos serviços de Home Care. O Ministério do Trabalho declarou, após um estudo estatístico, que o Home Care é a modalidade que apresenta o crescimento mais veloz na área de saúde e a segunda modalidade de maior crescimento nos EUA. O Ministério do Trabalho projetou que meio milhão de novos empregos seria criado pelo Home Care, entre 1992 e 2005 - portanto, um aumento de 128%. Enquanto os políticos se envolviam com o debate nacional sobre a reforma do sistema de saúde americano em 1994, a NAHC ajudava a estabelecer o Home Care como um componente central para os cuidados, agudos e crônicos, em todos os principais Planos de Saúde e propostas apresentadas ao Congresso Americano. No ano seguinte, a NAHC foi associada a um projeto do "Colorado Center for Health Policy and Services Research" para prestar assistência às empresas na implementação de um sistema de controle de qualidade baseado na melhoria dos resultados. Em 1996, o setor de Home Care uniu-se à NAHC, no desenvolvimento de um sistema de pagamento conhecido como "prospective payment system" (PPS) (Sistema de Pagamento Prospectivo), proposta que iria reformar o sistema em que as empresas de Home Care eram reembolsadas pelo Medicare, por intermédio da provisão de incentivos de mercado para as empresas que prestassem um serviço de saúde eficiente, ético e eficaz. Nessa mesma época, foi criada a Fundação do Home Care pela Volkswagen no Brasil, dirigida pela Dra. Christina Ribeiro. 1996 - É criado o NADI (Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar) do Hospital de Clínicas de São Paulo. 1996- Atendendo a portaria 3432 MS (requeria profissionais enfermeiros qualificados e especializados em Terapia Intensiva) o Pronto Socorro 28 de Agosto inaugurou a primeira UTI adulto do Estado. Em seguida inaugurou-se outra UTI agora Pediátrica no Pronto Socorro da Criança da Zona Sul. 1997 - A empresa multinacional Ínterim inicia seus serviços em Recife. 1997 - Nos EUA, o Home Care passa a ser um serviço diversificado e em rápido crescimento. Com um número estimado de vinte mil duzentas e quinze agências, o Home Care presta serviços de saúde e apoio para mais de sete milhões de americanos com patologias e condições agudas e crônicas. São dez mil e vinte e sete empresas credenciadas pelo Medicare, sendo duas mil cento e cinqüenta e quatro empresas de cuidados paliativos e oito mil e trinta e quatro outras agências de Home Care, não credenciadas. Com isso, os gastos anuais com o Home Care aumentaram acima de US$ 38 bilhões. Cerca de 82% de todas as escolas de medicina creditadas junto ao Ministério da Educação Americano já possuem treinamento específico na área de Home Care em seus currículos acadêmicos. 1998 - Realizado o I Simpósio Brasileiro de Assistência Domiciliar-SIBRAD. Na ocasião, discutiram-se os aspectos mais relevantes da assistência domiciliar à época. O SIBRAD foi o primeiro simpósio a debater os temas relacionados com os modelos de assistência domiciliar, nos setores público e privado no Brasil. 1999 - A empresa Médika Home Care e Assessoria dos EUA, sobe o comando de seu Diretor Executivo Edvaldo de Oliveira Leme,R.N.C. foi contratada pela Unimed Federação do Estado do Paraná, para vir ao Brasil desenvolver um projeto de adequação de protocolos clínicos, gerenciais e operacionais a serem utilizados por suas Singulares que optassem pela estruturação de serviço próprio de Home Care. O projeto foi um sucesso. 2000- Pela Portaria número 2874, de 30 de agosto, a Secretaria de Estado de Assistência Social prevê a assistência domiciliar a idosos. 2000 - A Staff Builders, empresa americana, é fundada no Brasil. 2001 - A empresa Médika funda a Médika Home Care em Curitiba e inicia seus trabalhos servindo a vários Planos de Saúde da região. 2002 - O Conselho Federal de Enfermagem aprova a resolução número 270, que define a regulamentação para as empresas que prestam serviços de Enfermagem Domiciliar Home Care. Por sua vez, o Conselho Federal de Farmácia edita a resolução número 386, em 12 de novembro, onde dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito de assistência domiciliar em equipes multidisciplinares. Interim é nomeada "Top" Franquia de Home Care nos Estados Unidos pela revista USA Today. 2002 - A empresa Médika Home Care por intermédio de seu Diretor Executivo Edvaldo de O. Leme, R.N.C. em resposta à carência no setor de regulamentação existente, disponibilizou sem ônus, via internet, o trabalho "Diretrizes para Regulamentação do Setor de Serviços Extra-Institucional de Saúde no Brasil", como uma contribuição a todas as empresas e órgãos oficiais com o intuito de atingir um nível maior de qualidade de serviços nesta área. 2003 - O Conselho Federal de Medicina aprova a resolução número 1.668/2003 que dispõe sobre normas técnicas necessárias à assistência domiciliar de paciente, definindo as responsabilidades; e a interface multidisciplinar neste tipo de assistência. 2003 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)- publica a Consulta Pública número 81, de 10 de outubro de 2003, relacionada com a prática da Assistência Domiciliar no Brasil. 2004 - Em resposta à consulta pública da ANVISA, a empresa Médika Home Care por intermédio de seu Diretor executivo Edvaldo de O. Leme,RNC., enviou ao Ministério da Saúde em Brasília seu trabalho intitulado "Diretrizes para Regulamentação do Setor de Serviços Extra-Institucional de Saúde no Brasil", aos cuidados da sra. Flavia Freitas de Paula Lopes, que registrou recebimento em 7 de junho deste ano, pelo sr. Demerval J. A. Machado- UNIAP/ANVISA. 2005 - No dia 13 de Maio, o Portal Home Care, por intermédio de seu mantenedor Edvaldo de O. Leme, R.N.C., entrega à Vigilância Sanitária de Curitiba, um documento de 60 páginas abordando os aspectos comparativos entre as atividades relacionadas com o serviço hospitalar e o serviço de uma empresa de Home care. A entrega deste documento visa contribuir para com o esclarecimento das diferenças e similaridades entre as duas modalidades, com o intuito de influenciar a adoção de uma terminologia que claramente represente a atividade comercial de uma empresa de Home Care, conseqüentemente, minimizará as dificuldades encontradas pelos empresários no momento do pedido de classificação da atividade junto aos órgãos municipais para fins de alvará de funcionamento. A falta da classificação específica da atividade exercida pelo Home Care, tem provocado muitas dificuldades no processo de legalização desta modalidade. 2005 - No dia 16 de Maio, o Portal Home Care, por intermédio de seu Diretor Edvaldo O. Leme,R.N.C., entrega à Prefeitura Municipal de Curitiba mais uma Carta de Sugestão para a Classificação do Home Care no Estado do Paraná ao Sr. Obdias Ramos dos Santos, da divisão de alvarás. Este documento é o mesmo documento entregue a Vigilância Sanitária de Curitiba, visando sempre o engradecimento desta modalidade com seriedade, ética e profissionalismo. De acordo com o Sr Obdias a regulamentação deve ocorrer até 2007. 2005 - Junho -Cuidar Mais Assistência de Saúde Domiciliar é fundada em Balneário Camboriú SC, tendo como responsável Dra. Michele Ambrosini Martins. 2005 - 11 de novembro-Portal Home Care envia uma solicitação de posicionamento quanto ao andamento da Consulta Pública da ANVISA sobre o número 81, de 10/10/ 2003 ao setor de Gerência Geral de Tecnologia de Serviços - SEPN - Brasília, DF. 2005 - 23 de novembro- Portal Home Care recebe a seguinte resposta do Especialista em Regulamentação e Vigilância Sanitária-MDSP: “Em resposta ao e-mail enviado informamos que o Regulamento Técnico para o funcionamento dos serviços de assistência domiciliar referente à consulta pública 81 de 2003, está em fase final de elaboração e será publicado até o final desse ano. Colocamo-nos a disposição para maiores informações, MDSP - Especialista em Regulamentação e Vigilância Sanitária". 2005- 11 de novembro-Portal Home Care envia uma solicitação de posicionamento quanto ao andamento da Consulta Pública da ANVISA sobre o número 81, de 10/10/ 2003 ao setor de Gerência Geral de Tecnologia de Serviços -SEPN-Brasília,DF 2005- 23 de novembro- Portal Home Care recebe a seguinte resposta do Especialista em Regulamentação e Vigilância Sanitária -MDSP: " Em resposta ao e-mail enviado informamos que o Regulamento Técnico para o funcionamento dos serviços de assistência domiciliar referente à consulta pública 81 de 2003, está em fase final de elaboração e será publicado até o final desse ano. Colocamo-nos a disposição para maiores informações, MDSP - Especialista em Regulamentação e Vigilância Sanitária" 2006- COOPENFINT conta com 103 (cento e três) enfermeiros, todos com especialização em Terapia Intensiva e prestamos serviços em UTIs do Estado do Amazonas.Ainda em fase de organização está o serviço de SEIS (Home Care) que deverá começar a trabalhar neste início de ano e onde o Portal Home Care forneceu dados e bases importantes para a organização do serviço. 2006- Brasília, 30 de janeiro - 10h35 – Manchete nos principais jornais de saúde do país: Atenção domiciliar ganha regras -Os pacientes que recebem atendimento médico em casa têm agora um regulamento para esses serviços. A Anvisa publicou, nesta segunda-feira (30/1), a resolução RDC nº 11 (PDF), com as regras para o funcionamento de serviços de saúde que prestam atenção domiciliar. 2006- Brasília, 30 de janeiro - 10h35 -Atenção domiciliar ganha regras -Os pacientes que recebem atendimento médico em casa têm agora um regulamento para esses serviços. A Anvisa publicou, nesta segunda-feira (30/1), a resolução RDC nº. 11 (PDF), com as regras para o funcionamento de serviços de saúde que prestam atenção domiciliar. 2006- Brasília- A ANVISA por intermédio da RDC 11 de 30/01/2006, exige que as Empresas de Home Care obtenham o número de CNES, exige, também, que as fontes pagadoras somente contrate empresas de Home Care que tenham o CNES, porém, a ANS e o Ministério da Saúde não reconhecem a empresa de Home Care como uma instituição de saúde e se recusa a emitir o CNS, obrigando as empresas de Home Care a obterem o CNS como consultórios de medicina ou outras definições. 2006- Agosto- O Portal Home Care, por intermédio de seu mantenedor Edvaldo Leme,R.N.C., estabelece contato com o Ministério da Saúde a respeito da obtenção do CNES para empresas de Home Care no Brasil, e é informado de que uma comissão formada por consultores da ANVISA,ANS, e Ministério da Saúde em Brasília, ainda não chegaram a uma conclusão quanto à classificação da atividade de Atendimento Domiciliar à Saúde (Home Care), e que, no momento, oficialmente, o Home Care não poderia obter o CNES exigido pela ANVISA. 2007- Maio -O Portal Home Care, por intermédio de seu mantenedor Edvaldo Leme,R.N.C., estabelece contato com o Ministério da Saúde a respeito da obtenção do CNES para empresas de Home Care no Brasil, e é informado de que uma comissão formada por consultores da ANVISA,ANS, e Ministério da Saúde ainda não chegaram a um consenso quanto à classificação do Home Care para fins de obtenção do CNES. 2008- Julho - O Portal Home Care, por intermédio de seu mantenedor Edvaldo Leme,R.N.C., estabelece contato com o Ministério da Saúde a respeito da obtenção do CNES para empresas de Home Care no Brasil, e é informado de que os setores envolvidos prevêem que até setembro de 2008 haverá uma alteração CNES para incluir as empresas de Home Care.A fonte informou ainda, que existe uma grande dificuldade na classificação devido à variação de estrutura e protocolos apresentados pelas inúmeras empresas que procuram o cadastramento. Edvaldo de Oliveira Leme, RNC.


O Desenvolvimento do Home care no Brasil
O desenvolvimento, na área privada, do atendimento domiciliar no Brasil, ocorreu, inicialmente, sem o suporte de um padrão de licenciamento que orientasse o crescimento da modalidade Home Care, de uma forma uniforme e eficaz. A própria definição deste tipo de serviço sofreu várias interpretações e a natureza básica do mesmo foi, muitas vezes, mal representada. Por muito tempo haviam poucos profissionais com experiência nesta área no Brasil, e os estrangeiros sofriam com a falta de compreensão da cultura e da realidade socioeconômica brasileira. Porém, a realidade vem se transformando, em 26 de janeiro de 2006, a ANVISA lançou a RDC 11 que fornece as primeiras diretivas para a prática da modalidade no Brasil. Hoje em dia, já existem muitos talentos nacionais e associações que estão se empenhando no desenvolvimento de uma modalidade que promete se impor no futuro no sistema de saúde.
Fatores que justificam a adoção do Sistema de Home Care:
O envelhecimento da População.
Pesquisas comprovam um aumento da população idosa, e conseqüentemente um aumento no número de doenças relacionadas com senilidade.
O aumento da Necessidade de Cuidados Médicos em Doenças Crônicas.
O aumento da incidência de doenças crônicas e a incapacitação funcional não podem ser ignoradas, pois os custos de gerenciamento dessas condições prometem ter um aumento significativo.
O Aumento do Custo de Tecnologias Diagnósticas e de Tratamento.
Para o Plano de Saúde, o Home Care oferece um serviço extra e promove um aumento na qualidade de vida de seus usuários, além de benefícios decorrentes da redução nos seus custos com hospitalização.O Home Care é inerente de um controle maior da utilização de recursos em áreas como centro médico, terapêutico e diagnóstico. Terapias hospitalares de alto custo geralmente podem ser realizadas em uma fração de custo reduzido em Home Care.
O Aumento do Interesse pelo auto-cuidado.
O grande interesse do cidadão pelo gerenciamento de sua própria saúde e pela saúde dos seus amigos e familiares, oferece uma oportunidade singular para essa modalidade, por exemplo, a chance da transferência programada e responsável de certas tarefas (que tradicionalmente estavam a cargo do médico, enfermeiro e do hospital) para o paciente, amigo ou familiar. Estas pessoas passam a ter um novo papel no sistema Home Care: o do Cuidador Informal.
O Cuidador Informal e/ou o paciente, podem ser treinados no gerenciamento diário de sinais e sintomas relacionados com a alternância das condições de saúde, troca de curativos em lesões simples e de baixo risco, administração e monitoramento de dietas especializadas, administração de certos medicamentos e outros procedimentos seguros. Como resultado, o cliente/paciente terá uma vida mais saudável, sem a ameaça de repetidas hospitalizações e mais controle dos resultados de seu tratamento, além da satisfação de estar em seu lar.
Os Recursos Financeiros Insuficientes Destinados à Saúde Pelo Governo.
Muitos países destinam boa parte de suas verbas para o financiamento e tratamento de enfermidades, ao invés de investi-las em prevenção ou manutenção da saúde. O sistema de Home Care nos dá a oportunidade de intervir beneficamente, na prevenção e tratamento precoces de várias patologias e suas seqüelas, por intermédio da metodologia de ensino e programas de prevenção para clientes e cuidadores.
O aumento do custo vinculado à prestação de serviços de saúde para pessoas que são ou não asseguradas.
O inevitável aumento geral do custo da medicina no país.
Dificuldades das instituições hospitalares.
Para o Hospital que encontra dificuldades em relação aos pacientes de permanência prolongada e de alto custo, o Home Care oferece uma alternativa de tratamento que mantém ou melhora os padrões de atendimento, reduzindo significativamente o seu custo de internação, bem como, possibilita maior rotatividade de leitos, dando chance a pacientes mais necessitados de hospitalização. Convém frisar que o Home Care não é uma alternativa ao internamento hospitalar, quando o paciente tem uma indicação clínica que necessite dos recursos físicos e profissionais de um hospital, pois nesses casos, o melhor ambiente para ele é sem dúvida, o hospital.
Necessidade de Gerenciamento de Custo e Risco Pelos Planos de Saúde.
A busca, já evidente, da eficiência e da metodologia de gerenciamento do custo no competitivo mercado hospitalar e de Planos de Saúde no Brasil, tem incentivado as fontes pagadoras a monitorarem todos os parâmetros e meios empregados no fornecimento de serviços aos seus usuários.
A desconsideração do Home Care como ferramenta importante no gerenciamento de custos, aumento da qualidade e da fidelidade dos usuários, mostrará num futuro próximo, ser um erro sério de planejamento.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


A prática do Home Care
O Home Care deve ser compreendido como uma modalidade contínua de serviços na área de saúde, cujas atividades são dedicadas aos pacientes/clientes e a seus familiares em um ambiente extra-hospitalar.
O propósito do Home Care é promover, manter e/ou restaurar a saúde, maximizando o nível de independência do cliente/paciente, enquanto minimiza os efeitos debilitantes das várias patologias e condições que gerência.
Este tipo de serviço é direcionado não somente aos pacientes, como também, de forma diferenciada, aos seus familiares em qualquer fase de suas vidas; seja para aqueles que aguardam seu restabelecimento e retorno às suas atividades normais, ou para os que necessitam de gerenciamento constante de suas atividades como também, para pacientes que necessitam de acompanhamento em sua fase terminal.
No gerenciamento desses serviços devem ser usados critérios técnico-científicos e as decisões devem ser baseadas no melhor nível de evidência clínica possível, para cada procedimento. Essa prática é necessária em função da complexidade do meio ambiente do paciente, dos tipos de cuidados médicos exigidos, dos recursos, das condições psico-físicas do cliente/paciente e das patologias à serem gerenciadas.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


Os Desafios do Home Care no Brasil

O Internamento Domiciliar de Saúde, portanto, não pode ser visto apenas como um serviço de longa permanência, assim como a hospitalização, também não o é. Quando o paciente encontra-se estabilizado em sua condição de saúde, os cuidados de longa permanência podem ser ministrados por meio de serviços especializados, pelos próprios cuidadores informais (familiares, amigos) ou, ainda, por atendentes profissionais (área de enfermagem).
Contudo, a meta principal de uma hospitalização ou internamento domiciliar é estabilizar e, quando possível, curar o paciente da enfermidade ou condição patológica em que se apresenta. Sabemos que, em medicina, nem todas as enfermidades ou condições de saúde são passíveis de cura. Muitas condições ou enfermidades jamais obterão cura. Quando isso acontece, muda-se então a meta da gestão do caso, que passa a ter enfoque nos cuidados de manutenção. Esses cuidados visam à sustentação da melhor condição de vida possível. Exemplos dessas condições ou enfermidades são as distrofias musculares e as doenças degenerativas crônicas, entre outras.

Temos que considerar, ainda, as condições ou traumas que originam danos às estruturas ósseas, musculares e ao sistema nervoso central. Nesses casos a hospitalização/internamento domiciliar pode ser utilizada para estabilizar o paciente, tirando-o do quadro de risco, proporcionando-lhe, assim, a oportunidade de transferência para outras modalidades de serviço em saúde, como a fisioterapia e até mesmo o atendimento domiciliar na modalidade particular.

Quando o paciente hospitalizado atinge um quadro estável, deve receber alta hospitalar com um plano específico de acompanhamento, que pode incluir uma recomendação para serviços de reabilitação, dentre outros. Porém, em qualquer caso, quando o paciente hospitalizado atinge um quadro estável e recebe alta, ele próprio ou seu cuidador, assume a responsabilidade pelos cuidados. No Internamento Domiciliar de Saúde não pode ser diferente, pois a proposta e os critérios para alta são os mesmos.

O Home Care existe no mundo há mais de 120 anos. Nos EUA, desde 1798, e no Brasil, aproximadamente, há 16 anos. No Brasil, o sistema de internamento domiciliar, um dos serviços do Home Care, ainda está na adolescência, enfrentando inúmeras barreiras e desafios, muitos dos quais originados pela falta de uma melhor compreensão sobre o uso desse serviço.

A noção errônea de que o Home Care é somente internamento domiciliar, leva certos pacientes e cuidadores a pensar que o Plano de Saúde é obrigado a custear todos os serviços de Home Care, inclusive após a alta do internamento. Muitas dessas incompreensões às vezes são alimentadas pelos próprios profissionais da área que, pelo emprego indevido da terminologia, geram, não intencionalmente, expectativas falsas aos beneficiários.

Existem ainda aqueles que prestam serviços de "saúde em casa" e, enganosamente, se apresentam como empresa de Home Care. Esses serviços prejudicam o melhor conhecimento da modalidade, por não ter e não aplicar a metodologia correta, inerente à verdadeira prática do Home Care. Trabalham sem nenhuma preocupação com o risco que estão transferindo à fonte pagadora e sem ter um plano de alta específico, visando apenas explorar indevidamente as fontes pagadoras, que, muitas vezes , não possuem profissionais encarregados pelos serviços de Home Care devidamente habilitados e que possam ter uma noção real de como o paciente deve ser gerenciado em um ambiente extra-institucional.

Essas empresas, conscientes ou inconscientemente, exploram Planos de Saúde por intermédio de internamentos meramente sociais, induzindo as fontes pagadoras a subsidiar serviços de saúde que deveriam ser custeados de forma particular. Ora, este serviço em particular, visa apenas a dar repouso e minimizar o custo dos cuidadores.

Entretanto, embora as barreiras criadas pela má interpretação, pelo uso indevido da terminologia, pela falta de adoção de um critério rígido de credenciamento de empresas de Home Care, e pela invasão de serviços ilegítimos sejam prejudiciais, não chegam a ser tão danosas, quanto certas interpretações judiciais distorcidas.

Algumas decisões judiciais estão facilitando a prática de pacientes que, após terem sido notificados da alta do internamento domiciliar, recorrem ao Poder Judiciário (infelizmente, com êxito na obtenção de liminares), para obrigar a fonte pagadora a custear os serviços por tempo indeterminado, mesmo após terem legalmente recebido alta do internamento domiciliar.

Entendemos que, se tais situações não forem urgentemente revistas, e que se todos os pacientes resolverem recorrer ao que pensam ser o seu direito, o futuro do Home Care no Brasil está ameaçado. Isto porque algumas autoridades obrigam liminarmente a fonte pagadora a custear os cuidados de enfermagem particular para pacientes estáveis. Esta prática tem levado os Planos de Saúde a uma "fobia justificada" quanto à utilização do Home Care, o que, inevitavelmente, reduz a utilização desses serviços.
Edvaldo de Oliveira Leme, RNC.
Postado 06/08-09
O Portal Home Care tem recebido muitos e-mails de seus usuários, os conteúdos destes correios eletrônicos refletem as várias dificuldades que vem sendo enfrentadas pelas empresas atuantes neste setor. A pedido de seus usuários, o Portal publica uma lista destes desafios em formato de comentários enviados pelos seus usuários, e abre a oportunidade à  todos os usuários para debaterem o assunto. Suas opiniões serão divulgadas nesta página exatamente como foram enviadas:


Desafios:

1-       Algumas empresas de atendimento domiciliário à saúde estão praticando um tipo de captação de pacientes considerada muito agressiva aos planos de saúde e seus concorrentes. Estas empresas, por intermédio de seus representantes, visitam hospitais, identificam possíveis pacientes para o Home Care, convencem o paciente e ou os familiares de que o Plano de Saúde tem a obrigação de dar cobertura aos serviços de Home Care, e incentivam os familiares a exigir do Plano de Saúde a cobertura por estes serviços. Algumas empresas vão ainda mais longe, transferem o paciente para casa, iniciam os serviços, e somente após a inclusão do paciente, notificam o Plano de Saúde. Esta prática não é considerada ética e vai contra os protocolos internacionais já conhecidos neste setor. É uma atitude irresponsável que prejudica, em muito, a fonte pagadora, por colocá-la em uma posição delicada, onde, o poder de decisão e de qualificação do caso é transferido para o prestador de serviço, e não o Plano de Saúde! Envie sua opinião para :portalhomecare@yahoo.com.br

2-       Alguns Planos de Saúde adotaram a prática de gerenciar seus próprios pacientes em regime de atendimento domiciliário á saúde. Estes planos de saúde, sem estrutura alguma na área de home care, fazem a escolha do paciente, asseguram uma prescrição do médico titular, contratam mão de obra por intermédio de uma cooperativa de enfermagem, compram os medicamentos e materiais a serem utilizados pelo paciente, alugam os equipamentos hospitalares como camas, suporte de soro, aluga ventiladores mecânicos, e outros equipamentos e enviam o paciente para casa, sem uma coordenação multidisciplinar dos serviços, sem acompanhamento técnico dos equipamentos e sem plano de tratamento específico. Esta prática vai contra as exigências da ANVISA RDC N11 de 26 de janeiro de 2006, e coloca em risco o bem estar do paciente e a reputação do Plano de Saúde. Envie sua opinião para: portalhomecare@yahoo.com.br

3-       Alguns Planos de Saúde adotaram a prática de autorizar o orçamento que apresente o menor preço, decidido em um processo onde os Planos de Saúde pedem inúmeros orçamentos para diversas empresas de Home Care, e escolhem entre os orçamentos, o “vencedor” da licitação informal. O prestador conivente, após ter reduzido sua margem à beira da falência, pouco se preocupa com a qualidade de serviços. Esta prática pode levar a uma redução de custo para o Plano de Saúde que, através da manipulação dos prestadores, consegue diminuir o preço de serviço. Esta prática em curto prazo é eficaz, porém, acaba por diminuir o número de empresas no mercado, o que eventualmente gera uma diminuição da oferta de prestadores e um aumento nos preços de serviço. Envie sua opinião para:portalhomecare@yahoo.com.br

4-       Encaminho as seguintes ponderações: O que acontecerá se todos os planos de saúde decidirem comprar os seus materiais, medicamentos, alugar os equipamentos, e terceirizar a mão de obra diretamente de uma Cooperativa de Trabalho em Saúde? Será o fim da modalidade de Home Care, e o início de um grande risco operacional para os Planos de Saúde? Porque que no Brasil, o paciente não tem direito de escolher o Home Care de sua preferência, como ele escolhe o hospital? Envie sua opinião para:portalhomecare@yahoo.com.br

5-       Os planos de saúde exigem o CNES das empresas de Home Care, porém, o Ministério da Saúde não autoriza as Secretarias Regionais de Saúde a liberar o número de cadastro, isto obriga as empresas de Home Care a se descaracterizarem como outras entidades para poderem obter o CNES. Envie sua opinião para: portalhomecare@yahoo.com.br

6-   Grandes dificuldades surgem quando o empreendedor se vê obrigado a pagar INSS, PIS, COFINS, CSSL e IR ( agora retido na fonte) sem mesmo estar devendo, é obrigado a pagar impostos sem se quer ter recebido de suas fontes pagadoras (Lucro Presumido), ter que custear os cuidados de sua carteira de pacientes para receber 30, 60 e muitas vezes 90 dias após enviar uma fatura para a fonte pagadora. E existe muito aventureiro querendo estruturar uma empresa de Home Care com dinheiro financiado! Envie sua opnião para:portalhomecare@yahoo.com.br

--------------------------------------------------------------------------------------------------

Desabafo
Por Dr. Joel Rocha de Melo
Minha história no Home Care começou em 1986; teve momentos de grande alegria e expressão; chegou a trazer-me muita dor e decepção e acabou por me encaminhar para a área publica, onde hoje exerço essa atividade.
Acredito que “Historias de Sucesso" são as mais procuradas e divulgadas; acho também igualmente importante (se não mais importante), termos a coragem de aprender com aquelas que levaram ao insucesso. Sempre defendo o uso do termo INSUCESSO, ao invés de FRACASSO, pois por mais que a Historia vivida tenha nos levado a um desfecho inesperado e não desejado, não podemos considerá-la um fracasso, pois nos ensinou e nos mostrou caminhos inadequados. Dói, incomoda, desprestigia, chega a minar nossa saúde física e mental, afasta os amigos, enfim, nos desgasta demais. Por outro lado nos torna fortes e mais cuidadosos; ensina-nos a discernir e fazer escolhas.
Para contar uma história temos que, em primeiro lugar, saber para quem vamos contá-la, podendo, dessa forma, melhor definir o tema, a duração do relato e pontos mais significativos.
Não sei ainda se "Minha História " seria de sua conveniência para seu espaço na REDE, e vou me permitir fazer dela um breve resumo, para talvez daí nos dar outras oportunidades, se de comum acordo.
Assim, no inicio de 1986, Médico já ha sete anos, casado há menos de um ano com uma Enfermeira, trabalhávamos em Hospitais e em nossa clinica particular. Minha esposa era também enfermeira do HIAE. Um dia, como de costume, conversávamos sobre nossas atividades e ela expressou as dificuldades que muitos pacientes tinham nos retornos às suas casas após as intervenções intra-hospitalares. Eram freqüentes os casos de pacientes que deixavam os hospitais com dependências que os afligiam e aos familiares. A nova realidade de vida deixava-os e aos familiares com baixa QUALIDADE de VIDA.
Assim começamos a estudar alternativas para ajudar essas pessoas em sua nova vida nos seus domicílios. Começamos a ver que essa proposta era já muito difundida nos Paises de primeiro mundo e que tinha grandes vantagens para todos os envolvidos:
Aumentava a confiança dos pacientes em uma VIDA MELHOR
Aproximava os familiares dessa nova realidade
Trazia um questionamento de futuro mais promissor
Melhorava a sobrevida e com maior QUALIDADE mesmo para os terminais
Tornava o discurso de interdisciplinaridade em PRÁTICA diária
Desabrochava o conhecimento do SER HUMANO, profissional e paciente
Personalizava o atendimento
Diminuía Custos 
Trazia, enfim, à pratica da Medicina um nova faceta, um novo ÂNIMO
Assim iniciamos nossas atividade com Pacientes Particulares egressos de Instituições Hospitalares Classe A. começou a crescer o interesse de alguns Planos de Saúde que eram os patrocinadores do tratamento desses Pacientes. Nosso primeiro parceiro foi a OMINT. Vieram, então, as auto Gestões (Phillips, Alcan, Petrobrás, Banco do Brasil, Telefônica, dentre outros ) mas com um mercado ainda não normatizado, totalmente sem regras. Nessa época, tínhamos grandes dificuldades de acesso aos Recursos necessários para viabilizar o tratamento adequado em domicilio. Defendíamos, e ainda o fazemos, que o tratamento em domicilio tinha que dar ao paciente o mesmo resultado que obteria se estivesse em internação hospitalar, e dávamos a ele (paciente) os mesmos itens prescritos por seu Médico na internação hospitalar. As coisas iam bem e assim caminharam com negociações e acertos bilaterais ate 1996.
Todos os envolvidos ganhavam. Ganhava o hospital com a rotatividade de leitos, uma vez que o paciente consome realmente os serviços hospitalares nos primeiros três a quatro dias da internação. Essa é a fase áurea em que se confirmam diagnósticos e se estabelecem os prognósticos. Pacientes que consomem apenas a hotelaria hospitalar são inconvenientes para o hospital, o que é injusto com os que precisam dessa estrutura. Ganhavam os Médicos porque tinham mais pacientes e mais tempo para eles. Ganhavam as operadoras de planos de saúde, por terem custos menores. Ganhavam os pacientes pela melhor qualidade de vida de que podiam dispor,  e ganhávamos nós, profissionais do Home Care, pelo crescimento dos serviços prestados.
Nesse ponto da nossa trajetória achamos que a atividade era tão positiva que mais pessoas deveriam dela se beneficiar. Resolvemos, então, e aqui assumo a responsabilidade pela decisão, popularizar o atendimento, fazendo contratos com empresas de Planos de Saúde Populares. Aqui começaram os problemas. Algumas empresas pagadoras queriam um custo progressivamente menor. Não lhes bastava cortar custos da ordem de 90%. A diminuição era estrondosa pois as diárias de Home Care eram globais, isto é, pagava-se o custo dos medicamentos, materiais em uso, profissionais envolvidos e 10% de administração e impostos sobre serviços. No mês seguinte, no entanto, algumas operadoras queriam que se diminuíssem os custos e, o mais grave, com a diminuição da assistência.
Iniciava-se também uma maior concorrência com a abertura de muitas empresas na área.
Não havia regras e tudo era permitido. Nossa empresa tinha Sistema de Atendimento 24 horas, software para gerenciamento de prontuário e recursos envolvidos, Contrato com empresa de APH além de ambulâncias próprias; concorríamos com todo tipo de empresas, desde grupos que representavam interesses internacionais, passando por outras multiprofissionais e estruturadas e, até mesmo empresas sem nenhuma constituição legal, além de agrupamentos de profissionais para-médicos. Tudo isso convivia no mesmo cenário.
Tentamos, então, a profissionalização e normatização do setor, unindo algumas empresas de maior expressão na época.
Junto com Josier M. Villar, Roberto Sacramento, nós e algumas empresas que pretendiam investir no setor de APOIO ao Home Care fornecendo recursos, materiais e serviços especiais, iniciamos a ABEMID - Associação Brasileira das Empresas de Internação Domiciliar. Fomos voto vencido na constituição dessa Associação, embora dela tenhamos participado como Secretário, pois achávamos que a Associação deveria ser de Home Care, nome internacional para a prática, e que deveria ser mais abrangente do que apenas Internação Domiciliar e Empresas Médicas. Estávamos deixando de lado todas as atividades correlatas ao desenvolvimento da nossa atividade, como empresas de gazes, mobiliário, APH, diagnóstico radiológico e laboratorial, serviços especiais como Físio, Fono, Nutrição etc. O parecer dos demais, no entanto, defendia a limitação em função de se poder vender melhor a ideia aos Convênios e Fontes Pagadoras, se restrito e bem empacotado como INTERNAÇÃO DOMICILIAR. Foi um tempo de muitas lutas, no sentido de tentarmos definir e marcar espaços, limites e competências.
Em 1998, fomos convidados pela Associação Americana de Home Care para mostrar a nossa experiência com a atividade no Brasil. Estivemos em Boston para tal e nesse ano, quando os americanos comemoravam o centenário do Home Care.
As divergências por aqui continuaram e junto com outros empresários, constituímos a ABHHCARE - Associação Brasileira de Home Health Care, que se dispunha a congregar todos as diferentes visões empresariais que tivessem a Assistência Domiciliar em Saúde como finalidade ou interesse. Mas aqui outro complicador apareceu: a crise no setor de Saúde decorrente, principalmente, da normatização pela ANS, dos Planos de Saúde.
Começamos a sofrer seriamente com GLOSAS e INADIMPLÊNCIA de algumas Operadoras. Chegamos ao Ano de 2000, com sérios problemas. Tínhamos crescido e para suportar as necessidades de atendimentos específicos e de maior complexidade, investimos numa estrutura de DAY HOSPITAL, que se apresentava claramente aos nossos olhos como uma complementação natural e óbvia das atividades de Home Care. Nesse espaço, pretendíamos a realização de procedimentos de Quimioterapia com pessoal treinado, fluxo laminar, dose unitária e procedimentos cirúrgicos de média complexidade.
Não queríamos competir com os Hospitais, mas ser uma alternativa para pacientes que poderiam ser atendidos em estruturas menos complexas, mais baratas e mais ágeis.
Fomos entendidos como ameaças um STATUS QUO que não admitia essa postura. Chegamos a ser ameaçados pessoalmente.
Aqui foi o principio do fim. Tivemos que encerrar nossas atividades. Se de um lado tínhamos falta de pagamentos de contratos cumpridos há sessenta dias em média, de outro sentíamos um bloqueio a nossas tentativas de vender os NOVOS serviços aos clientes de então. Começamos a ver um desabar progressivo de tudo que tínhamos construído. Chegou esse abalo a nossa vida pessoal, influindo, inclusive, na estabilidade familiar e conjugal.
São muitas as considerações, lembranças e marcas dessa trajetória. Não me turvaram, contudo, a visão da oportunidade e diferencial envolvido na proposta de Home Care. A cada dia cresce minha admiração e respeito por essa possibilidade de entender mais completamente o que se passa com a PESSOA que adoece, podendo ter acesso às suas crenças, seus hábitos de vida, sua relação interpessoal e familiar, tão determinante da sua condição de saúde e indispensável para se entenderem os processos de doença e cura. Não entendo como podemos abrir mão dessa possibilidade de entendimento do SER HUMANO e sua evolução de Saúde, vendo-o apenas do ponto de vista institucional.
Outra briga que tento levar adiante desde aquela época: O hospital trata da doença e nós, Médicos em Domicilio temos a prerrogativa de tratar o paciente e família no contexto da Saúde. Os olhares são diferentes mas não antagônicos, são complementares.
Hoje, como falei, trabalho no SUS coordenando uma iniciativa de Assistência Domiciliar integrando os diferentes níveis de atenção disponíveis: UBS/PSF + UAD + UID + PS + Hospitais, com a implementação de referência e contrarreferência. Acredito que o DOMICILIO é o local onde o maior número de ações de Saúde ocorrem durante a vida de uma PESSOA e pode, ou melhor, deve ser considerado como um ambiente importante e indispensável para que as ações de Saúde possam ser implementadas com técnica, planejamento e de forma sempre que possível, PREFERENCIAL.
Na área privada tenho desenvolvido trabalhos de Gestão Populacional, identificando grupos de risco em populações-alvo, para propor-lhe seguimento com diferentes abordagens e ferramentas.
Finalizando:
Hospital é importante sim, mas apenas em três condições:
1.    Paciente Crítico
2.    Paciente sem Diagnóstico
3.    Paciente que não aceite ser tratado em casa
 Joel


VANTAGENS DA HOME CARE.


Vantagens do Home Care para o Paciente
Vantagens do Home care Muito é dito a respeito das vantagens que o home care oferece ao paciente; muito do que é dito, quase sempre, não é levado a sério pelas pessoas que jamais tiveram uma experiência com esta modalidade de serviços. Perceba que digitei “pessoas que nunca tiveram uma experiência com a modalidade", com isto, quis deixar claro que, somente pessoas que jamais tiveram uma experiência com o home care, não levarão a sério a afirmação de que o home care trás incontáveis vantagens para o paciente. Não são poucos os testemunhos de pacientes, familiares e ou profissionais de saúde que, empolgadamente, relatam como o paciente melhorou sua saúde rapidamente após ter sido transferido de um hospital ao seu ambiente domiciliar. Em nossa prática, observamos diariamente como os pacientes melhoram rapidamente de suas enfermidades no ambiente do lar. Temos relatos de pacientes que foram enviados para casa por seus médicos titulares com o intuito de transitar para a morte, serem gerenciados pelo programa de cuidados paliativos, más que, porém, ao se estabelecerem em seus ambientes familiares, junto à suas coisas e pessoas que os amam, estes pacientes tem a experiência de uma recuperação espantosa, muitas vezes, indo contra os seus prognósticos, outras vezes, vivendo muito mais tempo do que fora estimado pelos seus médicos. Esta melhora mais rápida, assim como este prolongamento da vida são consequência de um estado mental superior, um estado mental onde o paciente se sente protegido e amado no seu ambiente do lar. Sabemos ainda, que, psicologicamente, os pacientes passam a encarar o fato de estarem em suas residências como um forte sinal de melhora de quadro. O paciente, quando está no hospital, se sente doente, pois o hospital é para pessoas doentes, enquanto, ao serem transferidos para os seus lares, eles interpretam a situação como se já não estivessem mais doentes, ou pelo menos não tão doentes, pois, ir para casa após uma hospitalização, é sinônimo de se estar recebendo alta do hospital e deixando a enfermidade para traz- se vou para casa é porque não estou mais doente. Logicamente, que existem muitas outras vantagens além de uma recuperação mais rápida, e ou a prolongação de uma vida com qualidade e dignidade, porém, por julgar estas razões suficientemente superiores a quaisquer outras, não se faz necessário listar outras vantagens, pois, o que é mais importante do que a saúde e a dignidade humana?
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


Vantagens do Home Care para o Cuidador Informal
Primeiramente, a título de revisão, o cuidador informal é o cuidador que não possui a formação profissional específica para cuidador paciente; este pode ser um irmão, uma mãe, um amigo, uma empregada doméstica devidamente capacitada, e ou, como geralmente o é, uma esposa. Primeiramente, e logicamente, a maior vantagem para o cuidador informal, é, na maioria dos casos, poderem ver o paciente melhorar muito mais rápido com conforto e dignidade. Além dessa importante vantagem, podemos enumerar as seguintes vantagens: tendo o paciente em casa, o cuidador não se obriga a deslocar-se de sua residência ao hospital diariamente, ou como acontece na maioria das vezes, o cuidador, preocupado com a segurança e sentimentos do paciente, obriga-se a permanecer no hospital sob condições, muitas vezes extremamente desconfortáveis e desumanas. O home care trás ainda, a vantagem de permitir que o cuidador mantenha muitas das rotinas diárias as quais está acostumado, como por exemplo, banhos e refeições na hora certa, repouso no conforto de seus próprios leitos, alimentação a qual está acostumado. O home care propicia, ainda, ao cuidador informal, a chance de gerenciar outros aspectos de sua vida como as finanças, os relacionamentos e as tarefas do lar. Com o paciente em casa, o cuidador informal sempre tem acesso ao paciente, é incluído no processo de planejamento do plano terapêutico do paciente e tem uma forte voz em relação aos cuidados e caminhos terapêuticos a serem seguidos. Podemos afirmar que em um ambiente hospitalar, raramente o cuidador informal conta com tanta autonomia e poder de decisão quanto em regime de home care. Em home care, o cuidador informal é integrado à equipe de cuidados e torna-se uma importante componente da equipe de cuidados.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.



Vantagens do Home Care para o Plano de Saúde
 O home care foi introduzido no mercado brasileiro inicialmente, e quase que primariamente, como uma solução voltada à redução dos custos das fontes pagadoras; custos estes relacionados com o financiamento dos serviços de saúde prestados como benefícios aos seus usuários. Uma enorme campanha publicitária alimentou a promessa de reduções no custo de, pelo menos, afirmavam todos os empresários da área, 30% sobre aquilo que os planos de saúde estavam gastando com a manutenção de seus usuários enfermos nas instituições hospitalares; uma promessa atrativa para muitos gestores que se viam em face de uma escalada nos custos de produtos e serviços de saúde. O home care aparecia no horizonte como o cavaleiro no cavalo branco, espadas e armadura de titânio; o home care iria reduzir os custos! A promessa de redução de custo progrediu para tornar-se uma obrigação, a obrigação tornou-se uma regra, a regra tornou-se uma lei de sobrevivência. Os prestadores de serviços de home care que não possuem os meios para cumprir com esta promessa são eliminados por um processo de seleção quase natural. As empresas que não possuem o poder de compra, não conseguem adquirir os produtos com margens suficientes para manter uma operação sustentável, e padecem vítimas da cultura de preço estabelecida pelos antepassados. Hoje em dia, a Lei dos 30% de redução já se tornou uma proposta de principiantes, e o crescimento indiscriminado no número de empresas em regiões metropolitanas limitadas, fez com que a oferta fosse muito além da procura, resultando em uma guerra de preços entre prestadores de serviços de home care, que hoje beneficia a maioria dos planos de saúde com cortes de custo que chegam muitas vezes a 60% em relação ao preço de hospitalização. As muitas empresas de home care, na busca frenética por qualquer tipo de resultado, ou por alguma estratégia agressiva, imatura, ou maliciosa de mercado, findam por sucatear cada vez mais os custos, criando assim, cada vez mais, um desconto maior para as fontes pagadoras, muitas vezes, não obstante, em detrimento da qualidade. Hoje em dia, através de negociações equívocas e desequilibradas, os planos de saúde podem chegar a reduções consideráveis em seu custo. Além da redução no custo, para os planos de saúde, algumas empresas de home care que não seguem os protocolos inerentes ao setor, acabam por funcionar como a primeira etapa para uma retirada do paciente da dependência pelo sistema de serviços de saúde subsidiado pelo plano de saúde, também conhecida como “desmame”. Nestes casos, o paciente hospitalizado e de alto custo, é oferecido os serviços de home care, para em seguida ter todos os seus benefícios retirados, e seus cuidados, muitas vezes precocemente transferidos aos familiares. Uma vez transferidos, o custo relacionado com os cuidados do paciente são transferidos ao paciente e ou familiares. Este corte no custo é uma vantagem para o Plano de Saúde. Logicamente, que, o Plano de Saúde não tem a obrigação de manter os serviços de cuidados, uma vez que o paciente já não qualifique clinicamente para os serviços. E em regime de home care, esta distinção fica mais clara, e fácil de gerenciar. O plano de saúde tem um controle maior sobre o plano de tratamento do paciente em regime de home care, uma vez que pode utilizar-se de múltiplos mecanismos que garantem que seu prestador conformará com suas exigências. Também, um paciente em regime de home care não tem a mesma facilidade em obter acesso aos exames complementares, o que força os médicos em home care a contar mais com suas habilidades de observação e diagnósticas, resultando em um corte relacionado aos custos com estes exames; mais uma vantagem. Como pode ser observado, o home care, por uma razão ou outra representa um grande benéfico ao plano de saúde. Não obstante, os gestores de planos de saúde devem agir com empatia, e reconhecer que as empresas de home care necessitam operar dentro de margens de lucro seguras que as ajudem a manter-se como esta formidável fonte de gerenciamento de custo. O verbo sucatear, para o home care, é sinônimo de “quebrar” !
Edvaldo de Oliveira Leme,R.N.C.

Vantagens do Home Care para os Hospitais
 O sistema de home care oferece aos hospitais a oportunidade de transferir pacientes que, após certo período de internamento, já não mais representam uma vantagem financeira à entidade. A análise de custo versus benefício que deve ser feita pela administração do hospital gerará argumentos suficientes para apoiar a utilização dos serviços de home care como estratégia de redução de gastos. O hospital, como qualquer outra entidade, seja ela privada ou não, tem a necessidade de sobrevivência. Os serviços de home care podem, em muitos casos, virem a serem oportunos como estratégias de redução ou contenção de custos. Muitos hospitais, após uma cuidadosa análise de custo benefício, optam por incentivar os pacientes e ou seus familiares a transferir o paciente para o regime domiciliar. Hospitais recebem de acordo com tabelas pré-negociadas com os planos de saúde, e muitas dessas tabelas são formatadas em estilo pacotes, onde, o hospital recebe um valor fixo pelo procedimento. Estes pacotes prevêem um número de recursos limitado pelo escopo do preço fechado pelo procedimento, por exemplo, um procedimento cirúrgico pode ter previsto apenas quatro dias de recursos pós-operatórios, uma vez que o paciente, por alguma razão tenha que permanecer por um período maior, este paciente passa a utilizar recursos da margem de lucro prevista, logo, os cuidados do paciente vão além do valor da reembolso pelo procedimento, e o hospital inicia uma faze de prejuízos que somente podem ser findado com a transferência do paciente ao sistema de home care. O sistema de home care, quase sempre não representa um relacionamento vantajoso para o hospital, embora tenha se tornado um clichê no setor, se falar de como o home care pode liberar leitos em hospitais que necessitam de leitos para pacientes mais graves. Embora não deixe de ser uma verdade, o home care muitas vezes tira do hospital muitos dos pacientes que seriam rentáveis para os mesmos. Isso é inevitável, pois representa a essência da promessa primordial do home care aos planos de saúde; cortar o custo! Analisando a frágil relação entre benefício e malefício que o home care representa ao hospital, eu diria que o home care oferece mais desvantagens do que vantagens às instituições hospitalares, tanto é, que muitos dos grandes hospitais no Brasil já optaram por estruturar e operar seus próprios serviços de home care na tentativa de colocar um tampão que cesse o “vazamento” de pacientes para fora do hospital. Porém, esta opção de ter um serviço próprio de home care que seja baseado no próprio hospital, trás consigo inúmeros riscos atrelados às exigências impostas pelas leis trabalhistas. A estruturação de um “Hospital Based Home Health Care” deve ser feita com muita cautela, e com a adequada consultoria!
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


conteúdo



DESVANTAGENS DA HOME CARE.




Desvantagens para o paciente:
  •  Enquanto em regime de internamento  hospitalar o paciente tem acesso imediato à todos os serviços e recursos que podem ser prescritos pelo seu médico responsável, em regime de home care, todos os recursos que forem necessários e que não tiverem sido autorizados previamente pelo plano de saúde, não serão liberados de imediato, necessitando assim de um processo burocrático que pode ou não culminar com a liberação do recurso.
  • O tratamento de home care, embora previsto no rol de procedimentos obrigatórios pelos planos de saúde, a resolução 211 da ANS tem linguagem dúbia, e deixa muita brecha para que a fonte pagadora não autorize os mesmos recursos que teria que autorizar em regime de internamento hospitalar.
  • Não há regulamentação específica que obrigue o plano de saúde a prover cobertura aos serviços de home care, assim, fica a encargo dos auditores médicos e enfermeiros dos planos de saúde, autorizar ou não os serviços.
  • Para a fonte pagadora, a decisão de autorizar ou não é, muitas vezes, uma decisão financeira, onde somente a vantagem baseada no menor custo é considerada.
  • Muitos planos de saúde utilizam as empresas de home care como um degrau para a deshospitalização e alta do paciente. Pois, em regime de internamento domiciliar à saúde, por não existir regulamentação específica, o “desmame” do paciente é bem mais fácil.
  • Em regime de home care, o paciente pode não ter direito à muitos dos recursos que teria se estivesse em regime de internamento hospitalar.
  • Enquanto no hospital, o paciente conta com um a equipe multidisciplinar sempre presente, em home care, se houver a necessidade de um profissional de saúde que não faça parte de sua equipe permanente, o paciente terá que esperar até que este profissional se desloque até ele.
  • O auxiliar de enfermagem encarregado do paciente não tem como ausentar-se do paciente, portanto, este não desfruta de um período para almoçar ou períodos de descanso durante seu turno, isso faz com que, na maioria dos casos, o profissional se torne dependente da família para sua alimentação. Na maioria dos casos, o auxiliar almoça na resid6encia do paciente para manter vigilância do paciente, esta alimentação aumenta a despesa mensal do paciente.
  • Os equipamentos médicos elétricos e eletrônicos consumem eletricidade adicional, aumentando as despesas relacionadas com a eletricidade.
  • A equipe de cuidadores formais ( auxiliares de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas) utilizam-se da  água e do esgoto e outros suprimentos, aumentando as despesas relacionadas com estes recursos.
Leias as sobre as vantagens


Muitos planos de saúde não pagam o suficiente para o médico responsável continuar  acompanhar o paciente em regime de home care.
Planos de saúde não pagam honorários diários para o médico responsável em home care.
A remuneração por visitas esporádicas, geralmente semanais, quinzenais e mensais, geralmente não são suficientes para cobrir as despesas geradas pelo desgaste do veículo, combustível, seguro, horas de viagem e hora de atendimento.
O tempo que um médico necessita para deslocar-se de um paciente ao outro não compensa financeiramente.
O médico se expõe ao risco de danos materiais, físicos  e mentais ao ter que gerenciar o transito da cidade.
O médico não tem à sua disposição, pelo menos não de imediato, os recursos necessários para apoiar suas hipóteses diagnósticas.
Todos os tratamentos, e ou condutas que necessitem de recursos demoram a ser aprovados, enquanto esperam a aprovação de um setor específico do plano de saúde.
O médico em home care, de acordo com o CFM deve ficar de plantão  24 horas por dia.
Diferentemente do hospital, no home care, os seus pacientes não se encontram em um mesmo edifício cujo acesso é facilitado.
Emergências médicas ficam a mercê de uma autorização do plano de saúde para atendimento e remoção à um hospital.
A carga de documental que deve ser gerada em forma de relatórios semanais, mensais e de visita, geralmente torna-se inoportuna ao médico.
Nas visitas domiciliares, os médicos, assim como todos os outros profissionais estão em risco, pois atuam em um ambiente fora de seus controles.
Ao contrário do ambiente hospitalar onde o corpo de enfermagem controla o regime terapêutico medicamentoso, em home care, geralmente, o regime terapêutico e ou medicamentoso sofre grande influencia da disposição do paciente e ou cuidador de cumpri-la.
Edvaldo de Oliveira Leme,R.N.C.


1.        O cuidador informal quando representado por um familiar, tem sua privacidade invadida pela presença dos membros da equipe de cuidados.
2.        O cuidador em home care, para cumprir com o seu papel, torna-se um servente da saúde, muitas vezes trabalhando lado a lado com a equipe de saúde.
3.        A taxa emocional e física pode ser muito grande.
4.        A preocupação com a presença de pessoas estranhas no seu ambiente do lar lhe causa estresse.
5.        Suas despesas com água, eletricidade e suprimentos básicos de toalete aumentam.
6.        O ambiente outrora domiciliar torna-se institucionalizado.
7.        Muitas vezes, pela natureza do trabalho dos auxiliares e técnicos de enfermagem, estes não podem usufruir de um período de almoço longe de seu paciente; na maioria dos casos de internamento, os profissionais que cumprem turnos são forçados a alimentar-se com a família, isto cria um custo extra para o orçamento do cuidador e ou familiar.
Edvaldo de Oliveira Leme,R.N.C.


1.        Por ter seus pacientes localizados em vários pontos geográficos da cidade, torna-se mais dificultoso a supervisão direta  dos serviços prestados, sendo que, a medida que o número de pacientes aumentam, menos contato físico direto o gestor do plano de saúde terá com seu usuário internado.
2.        Por não existir linguagem específica ao atendimento domiciliário à saúde, conformar com as exigências da ANS em relação ao TISS e TUSS torna-se um grande desafio.
3.        Enquanto a ANS exige que o Plano de Saúde obtenha um número de CNES dos prestadores de serviços em home care, o Próprio Ministério da Saúde não reconhece uma empresa de home care como estabelecimento de saúde e não libera um número do CMES; veja a  RDC Nº. 7 , de 2 de fevereiro de 2007.
4.        Existem poucos profissionais que realmente entendem sobre a natureza do home care e sua operacionalização, este fato obriga os planos de saúde a contarem com uma mão de obra, muitas vezes, desqualificada, e que, com frequência, devido aos seus erros de julgamento, criam riscos desnecessários para a operadora durante o processo de captação e cuidados de pacientes usuários em home care.
5.        Como negociações por pacotes são, unicamente aplicáveis ao modelo hospitalocêntrico devido à impossibilidade de padronização dos serviços de home care, os planos de saúde se vêem obrigados a forçarem negociações por pacotes que, na maioria das vezes, ou gera perdas para o plano de saúde ,ou para o prestador, criando assim, uma aura de desconfiança e ressentimento ente as partes. Ao contrário do ambiente hospitalar onde existem inúmeros procedimentos médico que podem, com facilidade serem padronizados e organizados em pacotes. Geralmente, o plano de saúde perde com os acordos por pacote.
6.        A natureza da atividade em home care faz com que a supervisão direta dos serviços prestados seja intermitente. Este fato gera certo grau de risco atrelado à má pratica das disciplinas envolvidas (fisioterapia, enfermagem, medicina etc.), criando um risco direto não só para as empresas prestadoras de serviços de home care, como também, para sua contratante; o plano de saúde.
7.        Um processo de captação quando feito de forma errada pelo plano e ou prestador, pode gerar ações judiciais que podem levar o plano a grandes prejuízos financeiros atrelados a liminares, e ou julgamentos favoráveis que levam o plano de saúde a terem que arcar com os cuidados do paciente de forma indefinida.
8.        O plano de saúde em home care é mais vulnerável aos efeitos deletérios acoplados aos erros médicos e de outros profissionais.
9.        Monitoramento dos recursos utilizados é mais difícil em home care.
10.     Certos prestadores de serviços de home care utilizam metodologias agressivas de busca e captação de pacientes, criando expectativas exorbitantes junto aos pacientes e familiares quanto ao direito ao home care, gerando assim muitos riscos para o plano de saúde.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


conteúdo


conteúdo


Existem dois tipos de cuidadores: o Formal e o Informal.

O Cuidador Formal
Provê cuidados de saúde ou serviços sociais para outros, em função de sua profissão, e usa as habilidades, a competência e a introspecção originadas em treinamentos específicos. O grau de instrução e treinamento para se obter certificados em várias profissões é muito variado. Pessoas que ocupam posições administrativas ou acadêmicas, e que têm sido treinadas na profissão de cuidar de outras pessoas, são também denominadas cuidadores formais, porque suas atividades têm um impacto significativo sobre a saúde dos pacientes. Geralmente, os cuidadores formais recebem compensação financeira pelos seus serviços, mas, algumas vezes não a recebem quando na condição de voluntários de organizações, grupos ou particulares. Os cuidadores formais atendem às necessidades de cuidados de saúde pela provisão efetiva de serviços, competência e aconselhamento, (bem) como apoio social.

O Cuidador Informal (leigo ou familiar)
Provê cuidados e assistência para outros, mas sem remuneração. Geralmente, este serviço é prestado em um contexto de relacionamento já em andamento. É uma expressão de amor e carinho por um membro da família, amigo ou simplesmente por um outro ser humano em necessidade. Cuidadores, no sistema informal, auxiliam a pessoa que é parte ou totalmente dependente de auxílio em seu cotidiano, como: para se vestir, se alimentar, se higienizar, dependa de transporte, administração de medicamento, preparação de alimentos e gerenciamento de finanças.
Características do cuidador informal:
Levantamentos e pesquisas efetuados em vários países permitem reconhecer a importância dos cuidadores. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de dois milhões e duzentos mil membros de famílias e amigos provêm cuidados e tratamentos para mais de um milhão e trezentos mil enfermos ou debilitados. Cerca de dois terços dos cuidadores são mulheres. Aproximadamente, três quartos desses doentes recebem cuidados ou tratamentos por intermédio de membros da família e vivem com as próprias famílias. Embora a atividade empregatícia dos cuidadores tenha provado não reduzir o cuidado dedicado ao paciente, existe um certo impacto na qualidade desse cuidado e/ou tratamento. Esse impacto é relativo ao número de horas disponíveis para esta atividade. Pesquisas indicam que, em média, o cuidador trabalha de 4 a 8 horas/dia. Para muitos, a atividade de prover cuidados estende-se de um até quatro anos, mas com o aumento da expectativa de vida nos Estados Unidos e no Brasil, pode-se esperar um aumento no número de anos dedicados a esta atividade.
Impacto das atividades sobre o Cuidado informal: O envolvimento prolongado na atividade de prover cuidados parece ter um efeito negativo sobre a saúde física e emocional do cuidador, embora, geralmente, ele assuma este papel com grande satisfação e carinho. Diferentemente da experiência do cuidador parente de uma criança, que normalmente resulta na reabilitação, os cuidadores de pessoas debilitadas ou enfermas encaram uma situação estressante, em função da deterioração gradual do doente, sua eventual transferência para um tratamento institucional ou, lamentavelmente, a sua morte. Estudos mostram problemas de sobrecarga do cuidador, altos índices de depressão, sintomas de estresse, uso de psicotrópicos, redução no nível de imunidade e aumento da susceptibilidade a enfermidades. Homens e mulheres parecem ser afetados similarmente, embora as mulheres pareçam desenvolver mais estresse. Estes efeitos negativos parecem persistir em alguns cuidadores, até mesmo após a internação ou a morte do paciente.
Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.


Mais esperença no setor
Portaria publicada na quinta-feira 25/08/2011 ampliou assistência a pacientes do SUS com possibilidade de terminar, em casa, recuperação ao tratamento hospitalar. Governo federal garante recursos para o financiamento de 80% dos custos do serviço.
O Ministério da Saúde amplia a assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir desta quinta-feira (25). Por meio da Portaria 2.029 (parte 1 e parte 2), os pacientes do SUS passam a ter acesso ao Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), que será prestado na residência e com a garantia de continuidade dos cuidados à saúde do paciente. O SAD é substitutivo ou complementar à internação hospitalar e ao atendimento ambulatorial, com foco na assistência humanizada e integrado às redes de atenção disponíveis na rede pública de saúde.
“É melhor para o paciente terminar a recuperação na casa dele porque ali ele está em um ambiente humanizado, acolhedor e recebendo os cuidados de equipes profissionais capacitadas para dar continuidade ao tratamento”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Com a redução do período de permanência de pacientes internados, conseguiremos dar maior autonomia a eles e descongestionar os hospitais, liberando mais leitos para outros usuários do SUS”, completa o ministro.
O Serviço de Atenção Domiciliar está inserido no contexto das Redes de Atenção à Saúde do SUS, também conhecidas como “Saúde Toda Hora”. De acordo com a Portaria 2.029, o SAD poderá ser oferecido aos pacientes com condições de concluir o tratamento em domicílio, conforme diagnóstico médico.
“Estamos dando um novo impulso para este tipo de assistência no SUS, integrada à toda a rede de atendimento, como as unidades básicas de saúde, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento 24 horas), o SAMU e a Estratégia Saúde da Família”, destaca o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.
Pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, por exemplo, poderão ser cuidados pelo Serviço de Atenção Domiciliar. De acordo com a portaria, só não terão acesso ao SAD pacientes que demandem monitoramento ininterrupto (como aqueles que necessitam de ventilação mecânica), assistência contínua de enfermagem ou tratamento cirúrgico. Casos como esses deverão ter a internação hospitalar ou os cuidados ambulatoriais mantidos.
CUIDADORES – Os profissionais de saúde ou “cuidadores” do SAD serão organizados em Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP), que darão suporte às EMADs, quando necessário. Cada EMAD deverá atender, em média, a uma população de 60 habitantes e também poderá contar com o auxílio de profissionais que atuam no Saúde da Família.
As Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar farão visitas regulares às residências dos pacientes. Elas serão compostas por até dois médicos, até dois enfermeiros, um fisioterapeuta ou um assistente social e quatro auxiliares/técnicos de enfermagem. As EMADs atuarão durante a semana e também aos sábados e domingos (em regime de plantão). Os equipamentos e materiais necessários para o trabalho das equipes deverão ser garantidos pelas unidades de saúde do respectivo município ou estado aos quais as EMADs estão vinculadas.
FINANCIAMENTO – O Ministério da Saúde financiará 80% dos custos de cada Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar. Por mês, serão garantidos R$ 34.560 para o custeio das EMADs, recursos que serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais ou estaduais de saúde.
Para a habilitação do SAD, as secretarias de saúde deverão apresentar, ao Ministério da Saúde, o detalhamento do Componente Atenção Domiciliar inserido no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências. A previsão é que 250 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar estejam estruturadas até o final do ano. A meta é chegar a mil equipes até 2014.
INTERNAÇÃO – Os estabelecimentos de saúde já credenciados como Serviços de Internação Hospitalar permanecerão habilitados para oferecer este tipo de assistência. Aqueles que prestam atendimento público também poderão optar pela adequação aos critérios do SAD.
EXEMPLOS – Os institutos nacionais do Câncer (Inca) e de Traumatologia e Ortopedia (Into), vinculados ao Ministério da Saúde, oferecem assistência aos pacientes na concepção de Atenção Domiciliar. No Into, 700 pacientes com dificuldades de locomoção atualmente recebem, na residência deles, cuidados complementares ao tratamento ortopédico iniciado na unidade hospitalar. Eles são assistidos por equipes multidisciplinares – formadas por fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogas, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais – que realizam até 540 visitas domiciliares por mês.
No Inca, a Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital do Câncer IV (HC IV) é responsável pelo atendimento a 280 pacientes portadores de câncer avançado e sem possibilidades de cura. Por mês, os profissionais de saúde realizam cerca de 1,6 mil visitas a estes pacientes na modalidade de atenção domiciliar.
O ambulatório do HC IV também conta com a atuação de cuidadores, que trabalham sob a orientação de equipes multiprofissionais, e prestam assistência aos pacientes para que a permanência deles no ambiente hospitalar seja a mais breve possível.
Fonte: Agência Saúde – Ascom/MS


Home Care pelo SUS, uma quase utopia:

O fornecimento de serviços de atendimento domiciliar à saúde - home care, embora previsto pela Portaria Federal 2.416, de 23 de Março de 1998. Ainda não pode ser considerado uma possibilidade viável, e disponível à toda população. Em outras palavras, o serviço ainda não foi democratizado a ponto de ser utilizado em nível de Brasil. Sabe-se que certas prefeituras, como a de Londrina, oferecem este serviço, porém, desconhecemos os processos que integram os sistemas de utilização, e os sistemas gestores destas unidades. Pesquisas no passado revelaram que poucos representantes do SUS têm algo coerente e objetivo a informar o interessado a respeito de como obter Home Care pelo SUS. Empresários da área de home care, não conseguem obter do SUS, o conhecimento necessário para poder conveniar-se nesta modalidade. Em resumo, praticar home care pelo SUS, no Brasil, ainda é uma utopia.  Os pacientes interessados em obter cobertura para este tipo de serviço em nível de SUS, deve procurar a sua prefeitura local, ou o PSF de sua região.

Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C.

Portaria federal 2.416, de 23 de Março de 1998.



ASSUNTO: Estabelece requisitos para credenciamento de Hospitais e critérios para realização de internação domiciliar no SUS.


O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições,


Considerando que a internação domiciliar proporciona a humanização do atendimento e acompanhamento de pacientes cronicamente dependentes do hospital, e

Considerando que a adequada desospitalização proporciona um maior contato do paciente com a família favorecendo a sua recuperação e diminuindo o risco de infecções hospitalares, resolve:

Art. 1º - Incluir na Tabela do SIH-SUS o Grupo de Procedimentos Internação Domiciliar:
85.100.xx-x. - Internação Domiciliar

85.500.xx-x - Internação Domiciliar com equipe hospitalar
85.300.xx-x - Internação Domiciliar com equipe hospitalar



SH
SP
SADT
TOTAL
ATOMED
ANEST
PERM
6,40
2,70
3,70
12,80
018
00
001


Art. 2º - Estabelecer os seguintes critérios para a realização da internação domiciliar:

1 - A internação domiciliar somente poderá ser realizada se autorizada pelo órgão Emissor de AIH, seguindo-se a uma internação hospitalar.
2 - A causa da internação domiciliar, definida pela CID 10º Revisão deve obrigatoriamente ser relacionada com o procedimento da internação hospitalar que a precedeu.
3 - A internação hospitalar que precedeu a internação domiciliar deve ter duração mínima de pelo menos a metade do tempo médio estabelecido para o procedimento realizado.
4 - É vedada a internação domiciliar quando a internação hospitalar que a precedeu ocorrer por diagnóstico e/ou primeiro atendimento ou qualquer outro procedimento com tempo médio de permanência inferior a quatro dias.
5 - A internação domiciliar só será realizada após avaliação médica e solicitação específica em laudo próprio, sendo precedida de avaliação das condições familiares e domiciliares e do cuidado ao paciente, por membro da equipe de saúde que expedirá laudo específico que condiciona a autorização da internação.
6 - O paciente sempre que possível e o seu responsável deverão explicitar em documento a anuência à internação domiciliar, devendo a documentação ficar anexada ao prontuário médico do paciente.
7 - O hospital onde ocorreu a internação prévia à internação domiciliar será considerada a Unidade Hospitalar responsável para os efeitos desta Portaria.
8 - São condições prioritárias para a internação domiciliar: pacientes com idade superior a 65 anos com pelo menos três internações pela mesma causa/procedimento em um ano; pacientes portadores de condições crônicas tais como: insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença vascular cerebral e diabetes; pacientes acometidos por trauma com fratura ou afecção ósteo-articular em recuperação: pacientes portadores de neoplasias malignas.

Art. 3º - São requisitos para credenciamento de Hospital para a realização de internação domiciliar:

1- Dispor de serviço de urgência/emergência em plantão de 24 horas ou referência de serviço hospitalar emergencial equivalente na área de abrangência do domicílio do paciente.
2 - Garantia de remoção em ambulância.
3 - Prover todos os recursos de diagnóstico, tratamento, cuidados especiais, materiais e equipamentos necessários ao paciente em internação domiciliar.
4 - Contar com equipe multidisciplinar, para atendimento máximo de 10 pacientes/mês por equipe, composta por profissionais de medicina. enfermagem, assistência social, nutrição, psicologia, própria do hospital ou de Unidade Ambulatorial com a qual o hospital responsável tenha estabelecido sistema de referência e contra-referência.
5 - Colocar à disposição da equipe outros profissionais para o cuidado especializado de que necessite o paciente em internação domiciliar.

Parágrafo 1º - A equipe multidisciplinar deverá realizar visita semanal programada, para dispensar os cuidados médico-assistenciais e avaliar o estado do paciente para fins de continuação ou alta da internação.

Parágrafo 2º - Em caso de óbito durante a internação domiciliar, o hospital responsável deverá adotar todas as providências necessárias à emissão da declaração correspondente.

Art. 4º - Operacionalização da internação domiciliar:

1 - O hospital público ou privado prestador de serviços ao SUS solicitará à Secretaria Estadual de Saúde ou à Secretaria Municipal de Saúde, caso a condição de gestão do município assim o possibilite, autorização para a realização do procedimento demonstrando estar apta a cumprir todos os requisitos.
2 - A SES ou SMS realizará vistoria da Unidade, com posterior encaminhamento de ofício ao GTSH/DATASUS autorizando a realização do procedimento.
3 - A SES ou SMS estabelecerá as rotinas de supervisão, acompanhamento, avaliação, controle e auditoria pertinentes, providenciando o treinamento e o apoio técnico necessário para promover a qualidade da atenção à saúde nessa modalidade.
4 - A cobrança da internação domiciliar será feita através de Autorização de Internação Hospital - AIH, com lançamento do procedimento específico, preenchimento do CPF do paciente em campo próprio com lançamento obrigatório das consultas médicas realizadas.
5 - Deverá ser lançado no campo serviços profissionais da AIH o quantitativo de diárias utilizadas no período de tratamento, não podendo ultrapassar os limites previstos para o procedimento.
6 - A internação domiciliar não poderá exceder a 30 dias e nem ter duração inferior a l S dias, exceto em caso de óbito ou transferência para Unidade Hospitalar.
7 - Não será permitida cobrança de permanência à maior no procedimento internação domiciliar.
8 - Quando houver necessidade de continuidade da internação domiciliar por mais de 30 dias deverá ser preenchido o campo motivo de cobrança com 2.2 - permanência por intercorrência e emitida nova AIH, constando em campo próprio, obrigatoriamente, o número da AIH posterior.

Art. 5º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

CARLOS CÉSAR ALBUQUERQUE

Diário Oficial da União, 26-03-98, Seção I, Pág. 106.







Nenhum comentário:

Postar um comentário